29/09/2011

Veio da agricultura a primeira proposta de criação de uma franquia genuinamente acreana. A “Hidropônicos Buriti”, sediada no bairro Xavier Maia, em Rio Branco, gera 50 empregos diretos nas unidades produtivas de Rio Branco e Manaus. “Estou me preparando para uma expansão nacional”, anuncia o empresário Carlos D’Agostini, proprietário da marca. A empresa já contratou um consultor em gerenciamento de software que presta serviços para a Sadia com o objetivo de desenvolver os padrões do processo produtivo criado na sede acreana.

Empresário Carlos se preapara para uma expansão nacional

O empresário esquece da diplomacia ao falar aos prováveis interessados. “Não será fácil conseguir a franquia da hidropônicos”, adianta. “Pessoas sem vocação serão, naturalmente, excluídas porque a marca tem uma forma de tratar da hidroponia que eu não abro mão”. Tarauacá e Cruzeiro do Sul são cidades que, provavelmente, terão empreendedores franqueados pela total carência na produção de hortaliças. Com 12 anos no mercado, D’Agostini se orgulha de ter gastado parte do seu rendimento em experimentos.

O esforço produziu uma inovação para o setor. O jambu hidropônico é exemplo. O vegetal utilizado em pratos da culinária acreana chega aossupermercados pré-cozido, em pacotes fáceis de transportar e praticamente pronto para consumo sem perda de nutrientes. A idéia de pré-cozinhar o jambu nasceu pelo fato de as folhas do jambu hidropônico serem tão grandes que os clientes não reconheciam o vegetal. “Achavam que era mato”, lembra o empresário.


D’Agostini é gaúcho de nascimento e veio para o Acre interessado no mercado madeireiro, aluguel de máquinas pesadas e pecuária. Começou a estudar o potencial da hidroponia e percebeu a viabilidade do mercado. Investiu esforços e dinheiro. “A região Norte é estratégica para a hidroponia”, constata para justificar a inserção de outra marca sua, a Viva, há três anos instaladaem Manaus, um mercado com mais de um milhão de habitantes.


“Produzir no Acre tem que ser herói”, alerta, antes de comparar. “Produzir em Manaus você tem que ser um super-herói”. A comparação faz referência ao ataque de fungos e bactérias na lavoura. Algo muito comum no início do empreendimento, mas que exige alerta constante. Sempre que aparece algum sinal da presença deles na lavoura, a reação deve ser imediata.


Falta de energia causa prejuízo de R$ 130 mil

Outra dificuldade encontrada pelos empresários do setor é a baixa qualidade da energia elétrica, insumo fundamental para manter o movimento cíclico da água que leva os nutrientes às verduras. Há três meses, faltou energia no bairro Xavier Maia das nove da manhã às três da tarde. Justamente naquele dia, o gerador da empresa quebrou. Resultado: prejuízo de R$ 130 mil e toda a safra comprometida.


Com 12 produtos ofertados no mercado regional, a Hidropônicos Buriti tem na alface crespa o carro-chefe nas vendas, calculada em 90 mil maços por mês. Hoje, a empresa abriga 40 estufas com mais de 100 metros quadrados cada.

Edvaldo Magalhães conheceu a proposta da empresa e quer incentivar a produção

Agora o Governo estuda adicionar hidropônicos à merenda escolar.

A Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio realiza um diagnóstico das condições sócio-produtivas das indústrias alimentícias do Acre. Ao conhecer a proposta da Hidropônicos Buriti, o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães não descartou a possibilidade de adicionar os legumes e verduras hidropônicas na merenda escolar.
A ação de governo faz parte da revisão das compras governamentais com o objetivo de incentivar a produção e aquecer o setor na região.

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