Histórias de Produtor - Zé Maria: empreendedor de sucesso em Pernambuco
Cultivo de alimentos hidropônicos cresce, mas ainda não é regulamentado.
Fonte: www.estadao.com.br
Hidropônicos Buriti: Tecnologia à serviço da agricultura
Empresário monta agronegócio urbano que produz 20 mil pés de alface por mês.
Acadêmico do curso de Administração Rural da Uninorte, Carlos D’Agostini hoje administra 30 estufas com 130 metros quadrados cada, nas quais cultiva alfaces crespa e americana, salsa, cebolinha, agrião, rúcula, couve, hortelã e jambu em sistema hidropônico.
A hidroponia é a técnica agrícola de cultivar verduras e frutas em canaletas por onde escorre a água através da qual são fornecidos os principais nutrientes de que necessitam para se desenvolver.
O carro-chefe da empresa, que hoje oferece mais de 20 empregos permanentes e está contratando mais dez pessoas, é a produção de alface, mas nem sempre foi assim, como recorda Carlos, que começou a vida como office-boy, depois metalúrgico, dono de lanchonete e de padaria até vir parar no Acre, há 15 anos, para trabalhar com madeira.
“O negócio da madeira foi ficando cada dia mais complicado, então resolvi buscar uma alternativa de negócio e me mudei para Humaitá, no Amazonas, a fim de produzir soja na savana, mas o Ibama impediu o BID de financiar as plantações que estávamos começando a abrir naquela região, então o negócio morreu antes de começar”, recorda.
Mas a viagem não foi de todo perdida, já que lá conheceu um engenheiro agrônomo chamado Neymer, que já havia trabalhado na Tailândia, Coréia e Projeto Jari, no Pará, onde havia mantido contato com a hidroponia e apontava vantagens dela com relação à agricultura tradicional com as verduras e frutas plantadas na terra.
“Eu continuava com minhas máquinas, mas não queria voltar a trabalhar com madeira. Retornei para o Acre e decidi trabalhar com a recuperação de pastagens, mas também não deu muito certo. Enquanto isso, fui estudando tudo o que conseguia sobre a hidroponia, fiz cursos na Universidade de Campinas e no Instituto Agronômico de Campinas. Só então me senti preparado para encarar esse novo negócio.”
Ele manteve o negócio do aluguel e empreitadas com seus tratores e motoniveladoras.enquanto montava e colocava para funcionar o negócio da hidroponia. “Nos primeiros dois anos tive muito problema com o ataque de fungos e bactérias, que tinham seu desenvolvimento estimulado pela umidade e altas temperaturas da região. Minha despesa era o dobro do previsto e a produção mal atingia um quinto do esperado. Era prejuízo em cima de prejuízo.”
Diante dessa situação, no terceiro ano Carlos decidiu abandonar o negócio, mas não conseguiu vender a infra-estrutura montada para ninguém. “Só não quebrei porque decidi fazer um novo investimento num aparelho que esteriliza água com raios de luz ultravioleta. Só assim consegui controlar a bactéria que fazia apodrecer minha plantação. Mas ela está aí no ambiente e de vez em quando surge um foco que a gente tem de combater rapidamente antes que se espalhe.”
A alface crespa que se vêem nos supermercados e mercearias de Rio Branco são o carro-chefe de sua produção. “Precisei insistir três anos para conseguir colocar a alface americana nos pratos do Acre. As pessoas não conheciam nem experimentavam, agora tem gente que só come dela.”
A Hidropônicos Buriti também produz agrião hidropônico, mas ainda está tendo dificuldade para conseguir garantir a regularidade e escala na produção de agrião, rúcula, cebolinha, salsinha, coentro, hortelã e couve.
Cada tempo um contratempo
“Cada planta exige um cuidado diferente no seu manejo, mas até descobrir qual é o jeito certo, a gente apanha bastante. Regra geral é que no inverno a produção é maior, mas aumenta o ataque dos fungos por causa da combinação de calor e umidade. No verão o problema está no ataque das pragas de lagartas, besouros e outros, que vem comer a plantação.
Apesar da dor de cabeça inicial, ele está construindo 16 novos galpões para ampliar a plantação e substituir aqueles que já estão desgastados pelo uso. “ O investimento na hidroponia é muito alto. Gasta-se pelo menos 8 mil reais por galpão e são necessários pelo menos nove galpões para que eles se auto-sustentem e dêem lucro, do contrário o negócio se torna antieconômico”, declara.
Um pé atrás
Mas Carlos D’Agostini aprendeu com a vida que nunca se deve apostar tudo num único negócio, por isso mantém uma criação de gado e uma distribuidora de alimentos que fornece mais de 200 itens a casas comerciais da capital e do interior.
“Meu forte não é fazer, mas administrar os negócios. Para isso desenho estratégias de ação, crio organogramas de funcionamento, então contrato pessoas, digo o que quero e cobro resultados. Daí por diante a gente vai se acertando. Quem não se afina cai fora do sistema”, diz.
Acreditando que o estudo e o treinamento são componentes importantes para dar sustentabilidade aos negócios, ele esclarece: “Meu tino para os negócios ficou ainda mais objetivo depois que fiz vários cursos de gestão empresarial pelo IEL/Sebrae, além da oficina do empreendedor, aprender a empreender e o Empretec, todos pelo Sebrae”.
Colocando a teoria em prática, além dele contratou Artêmis, seu supervisor de vendas, e Lorena, secretária geral do escritório, dois cargos de importância estratégica para garantir o bom funcionamento dos negócios.
Treinamentos que também está estendendo aos 20 empregados que trabalham na horta, já que acaba de construir uma sala especial para a realização de cursos e palestras que vão profissionaliza-los em hidroponia. “Acredito na qualificação permanente e essa é a filosofia da empresa, estamos inclusive bancando 15% do custo das mensalidades dos cursos de nossos funcionários que passaram no vestibular. Dois deles fazem administração e um, agronomia”.
A empresa hoje fornece verduras para toda Rio Branco, além de Cruzeiro do Sul, Xapuri, Acrelândia, Brasiléia e até para Cobija na Bolívia. “Está na hora de investirmos em novos produtos e em ampliar nosso fornecimento para o interior.”
Mas nem tudo é alegria. Embora a horta esteja localizada na quadra 6, casa 9, do conjunto Xavier Maia e goze de isenções do governo do Estado e da União, inclusive da Eletroacre, como empresa rural, o Saerb teima em cobrar seu abastecimento de água como se fosse comercial. “Por causa disso estou pagando a água a um preço muito alto. É preciso entender que eu reutilizo a mesma água por um período superior a 30 dias e ela só volta ao meio ambiente depois de ter sido purificada. O preço cobrado pelo Saerb está encarecendo muito a produção e pode comprometer a sobrevivência de nosso negócio”, admite.
Fonte: Jornal Página 20Hidropônicos: luz e água fresca para vários tipos de folhas verdes e até arroz

Particularidades: também podem ser plantados em sistemas abertos, sem o auxílio de estufas - apenas com luz, água e adubo químico. Mas, neste caso, as plantações ficam mais suscetíveis ao ataque de pragas e às variações de temperatura. E, nesse caso, os defensivos agrícolas têm que entrar em cena, não podem ser dispensados.
Produtos mais comuns no Brasil: diferentemente do que muitos imaginam, a hidroponia não é aplicável apenas às folhas. A alface ainda é a mais cultivada, mas também existem repolho, couve, pepino, berinjela, melão e arroz, entre outros.
Onde comprar: especialmente em feiras livres e supermercados. Dica: de acordo com lei brasileira vigente desde 2002, sobre as boas práticas em produção agrícola, esses alimentos precisam estar acondicionados e com informações completas e visíveis sobre sua procedência. As embalagens também devem ser feitas de material lavável e, se forem descartáveis, outra exigência é que sejam recicláveis. Tudo pelo natural!
A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido (NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada por exemplo).
Ao cultivar com solução nutritiva utilizando um substrato não inerte (húmus por exemplo), admite-se dizer que é um cultivo sem solo, mas não é adequado referir-se como sendo hidroponia. Quando a solução é aplicada ao solo, tem-se a ferti-irrigação. Não é cultivo sem solo, nem hidroponia. Em geral esta solução não é completa, pois tem caráter complementar.
Portanto, na hidroponia a única fonte de nutrientes para as plantas é a solução nutritiva, pois, se houver substrato, este é inerte. No caso de cultivo sem solo, basta que o solo não seja utilizado. Um exemplo, é o cultivo apenas em húmus de minhoca.
A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia.
Gericke adotou o sistema de cultivo sem solo para as condições de campo, de tal forma que se tornou o primeiro passo para viabilizar o cultivo em escala comercial. Quando se diz que "Gericke é o pai da hidroponia" não significa que ele inventou o cultivo sem solo, mas trata-se de uma homenagem aos avanços científicos conquistados por ele e por ter pela primeira vez usado o termo hidroponia.
Hidropônicos Buriti planeja primeira franquia acreana
O empresário esquece da diplomacia ao falar aos prováveis interessados. “Não será fácil conseguir a franquia da hidropônicos”, adianta. “Pessoas sem vocação serão, naturalmente, excluídas porque a marca tem uma forma de tratar da hidroponia que eu não abro mão”. Tarauacá e Cruzeiro do Sul são cidades que, provavelmente, terão empreendedores franqueados pela total carência na produção de hortaliças. Com 12 anos no mercado, D’Agostini se orgulha de ter gastado parte do seu rendimento em experimentos.
O esforço produziu uma inovação para o setor. O jambu hidropônico é exemplo. O vegetal utilizado em pratos da culinária acreana chega aossupermercados pré-cozido, em pacotes fáceis de transportar e praticamente pronto para consumo sem perda de nutrientes. A idéia de pré-cozinhar o jambu nasceu pelo fato de as folhas do jambu hidropônico serem tão grandes que os clientes não reconheciam o vegetal. “Achavam que era mato”, lembra o empresário.
D’Agostini é gaúcho de nascimento e veio para o Acre interessado no mercado madeireiro, aluguel de máquinas pesadas e pecuária. Começou a estudar o potencial da hidroponia e percebeu a viabilidade do mercado. Investiu esforços e dinheiro. “A região Norte é estratégica para a hidroponia”, constata para justificar a inserção de outra marca sua, a Viva, há três anos instaladaem Manaus, um mercado com mais de um milhão de habitantes.
“Produzir no Acre tem que ser herói”, alerta, antes de comparar. “Produzir em Manaus você tem que ser um super-herói”. A comparação faz referência ao ataque de fungos e bactérias na lavoura. Algo muito comum no início do empreendimento, mas que exige alerta constante. Sempre que aparece algum sinal da presença deles na lavoura, a reação deve ser imediata.
Falta de energia causa prejuízo de R$ 130 mil
Outra dificuldade encontrada pelos empresários do setor é a baixa qualidade da energia elétrica, insumo fundamental para manter o movimento cíclico da água que leva os nutrientes às verduras. Há três meses, faltou energia no bairro Xavier Maia das nove da manhã às três da tarde. Justamente naquele dia, o gerador da empresa quebrou. Resultado: prejuízo de R$ 130 mil e toda a safra comprometida.
Com 12 produtos ofertados no mercado regional, a Hidropônicos Buriti tem na alface crespa o carro-chefe nas vendas, calculada em 90 mil maços por mês. Hoje, a empresa abriga 40 estufas com mais de 100 metros quadrados cada.
Agora o Governo estuda adicionar hidropônicos à merenda escolar.
A Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio realiza um diagnóstico das condições sócio-produtivas das indústrias alimentícias do Acre. Ao conhecer a proposta da Hidropônicos Buriti, o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães não descartou a possibilidade de adicionar os legumes e verduras hidropônicas na merenda escolar.
A ação de governo faz parte da revisão das compras governamentais com o objetivo de incentivar a produção e aquecer o setor na região.
O que é hidroponia?

Ao cultivar com solução nutritiva utilizando um substrato não inerte (húmus por exemplo), admite-se dizer que é um cultivo sem solo, mas não é adequado referir-se como sendo hidroponia. Quando a solução é aplicada ao solo, tem-se a ferti-irrigação. Não é cultivo sem solo, nem hidroponia. Em geral esta solução não é completa, pois tem caráter complementar.
Portanto, na hidroponia a única fonte de nutrientes para as plantas é a solução nutritiva, pois, se houver substrato, este é inerte. No caso de cultivo sem solo, basta que o solo não seja utilizado. Um exemplo, é o cultivo apenas em húmus de minhoca.
De onde vem a hidroponia?

A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia.
Gericke adotou o sistema de cultivo sem solo para as condições de campo, de tal forma que se tornou o primeiro passo para viabilizar o cultivo em escala comercial. Quando se diz que "Gericke é o pai da hidroponia" não significa que ele inventou o cultivo sem solo, mas trata-se de uma homenagem aos avanços científicos conquistados por ele e por ter pela primeira vez usado o termo hidroponia.
Princípios de funcionamento
As plantas são colocadas em canais ou recipientes por onde circula uma solução nutritiva, composta de água pura e de nutrientes dissolvidos em quantidades individuais que atendam a necessidade de cada espécie vegetal cultivada.
Como Assim?
Esses canais ou recipientes podem ou não ter algum meio de sustentação para as plantas, o substrato, como pedras ou areia. A solução nutritiva tem um controle rigoroso para manter suas características,periodicamente é feito um monitoramento de pH e de concentração de nutrientes, assim as plantas crescem sob as melhores condições possíveis.
Soluções hidropônicas
Um exemplo de solução para hidroponia é a solução de Cooper, descrita abaixo:
Solução Hidropônica Segundo Cooper
Soluções intermediárias
Solução A
Fosfato monopotássico (KH2PO4) 26,3 mg/Lt
Nitrato de potássio (KNO3) 583 mg/Lt
Sulfato de magnésio (MgSO4.7H2O) 513 mg/Lt
Solução B
Nitrato de cálcio (Ca(NO3)2.4H2O) 1003 mg/Lt
EDTA-Fe ([CH2.N(CH2COOO)2]2FeNa) 74 mg/Lt
Obs.: 1 gr de EDTA-Fe corresponde a 0,91 gr EDTA + 0,29 gr Nitrato de ferro (II) (Fe(NO3)2).
Solução C
Sulfato de manganês (II) (MnSO4.H2O) 6,1 mg/Lt
Ácido bórico (H3BO3) 1,7 mg/Lt
Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O) 0,39 mg/Lt
Molibdato de amônio ( (NH4)6Mo7O24.4H2O ) 0,37 mg/Lt
Sulfato de zinco (ZnSO4.7H2O) 0,44 mg/Lt
Outra formulação de solução hidropônica:
Soluções intermediárias
Solução A
Sulfato de amônio 28,4 gr
EDTA 0,1 gr
Sulfato ferroso 0,05 gr
Água qsp 1 Lt
Solução B
Superfosfato de cálcio 14,2 gr
Sulfato de potássio 10,0 gr
Sulfato de magnésio 8,6 gr
Sulfato de manganês 0,085 gr
Ácido bórico 0,028 gr
Sulfato de cobre 0,006 gr
Molibdato de amônio 0,006 gr
Sulfato de zinco 0,007 gr
Água qsp 1
Usar 150 ml de cada solução em 4,5 Lts de água a ser usada na hidroponia.
Referências:
Dr. W. F. Gericke da Universidade da Califórnia
Receitas

- 5 folhas de alface mimosa
- 4 folhas de alface vermelha
- 4 folhas de almeirão novo (folhas estreitas)
- 8 folhas de rúcula
- 8 folhas de agrião
- 6 folhinhas de hortelã ou 4 de manjericão
- cebola cortada em rodelas a gosto
Modo de Preparo
Lave e seque as folhas, distribua-as artisticamente numa travessa, mesclando os vários tons de verde. Sirva com molho italiano para saladas.
01 porção = (30g)
número de porções = 9
Valor nutricional e calórico por porção
calorias = 7 kcalcarboidratos = 1.33 g
proteínas = 0.49 g
lipídios = 0.08 g